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quinta-feira, 12 de junho de 2008

O aquecimento global é preocupante ou não para o meio ambiente?

Nesta semana, na Revista Veja, foi publicada uma entrevista com o climatologista Patrick Michaels, da Universidade de Vírginia, nos Estados Unidos. Ele, em suas declarações, diz que não vê motivos para temer o aquecimento global, embora concorde que a temperatura esteja aumentando, devido à ação humana. De acordo, com Michaels, ocorreram dois períodos recentes de aquecimento do ar na superfície terrestre. O primeiro foi no início do século XX, tendo pouco a ver com a eventual influência humana na composição da atmosfera, estando muito mais relacionado ao aumento da temperatura do Sol, e o último começou nos anos 70 e dura até hoje. O que se observa é que o segundo período parece estar mais vinculado ao fator humano e ao aumento do nível de gás carbônico na atmosfera. O aquecimento global no primeiro e segundo período mal pode ser diferenciado estatisticamente, pois é muito parecido, o período atual é 0,8 grau mais quente que o anterior. Até o final do século a temperatura global estará apenas 1,7 grau acima da atual, podendo esta previsão não se concretizar, porque a tecnologia que usaremos daqui a 100 anos nas indústrias, nos automóveis e nas usinas geradoras de eletricidade será, provavelmente, mais eficiente em termos de emissão de gás carbônico do que a atual. Assim sendo, nossa previsão sobre o aumento na emissão de gás carbônico é bastante questionável.
Destacaremos a seguir na íntegra um trecho da entrevista:
Veja – Que benefício pode existir no aquecimento global?
Michaels- O clima não é apenas aquilo que se mede no termômetro, mas uma combinação de temperatura e umidade. Em locais com a devida umidade, quanto maior a temperatura da superfície, maior é a quantidade de seres vivos. Os trópicos são o exemplo. Essa é uma das vantagens do aquecimento. Outra diz respeito às taxas de mortalidade, que são mais altas no inverno do que no verão. Se, com o aquecimento, tivermos invernos mais curtos, o número de mortes também diminuirá. Quando a temperatura sobe de forma drástica, como ocorreu durante as ondas de calor na Europa, algumas pessoas morrem por não estar preparadas para mudanças climáticas bruscas. O calor será menos nocivo se a temperatura aumentar gradualmente. (Veja, 11 de junho de 2008)
Michaels ainda diz que “é imprudente gastar dinheiro para tentar reduzir as emissões de gás carbônico. O custo para chegar a isso seria muito alto, como mostra a produção americana de etanol de milho. Esse capital poderia ser mais bem investido na pesquisa de novas fontes de energia”. Assim, diante de tais afirmações o que poderemos pensar e ponderar sobre as conseqüências do aquecimento global para o Planeta Terra? Portanto, compartilhar com vocês, professores e/ou profissionais da educação ambiental, um trecho desta reportagem é relevante, pois é uma leitura que pode nos levar à reflexão sobre o aumento da temperatura e o efeito estufa no planeta e as conseqüências para o meio ambiente. E podemos utilizá-la, também, como material para ser divulgado junto ao corpo discente e/ou equipes de trabalho, oportunizando a todos ponderações sobre o tema e trocas de opiniões entre os grupos de trabalho.