Hoje, ao ler o jornal fiquei abismada ao saber que duas escolas, para alunos portadores de necessidades especiais, podem fechar até o término do ano de 2011.
O INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) e o Instituto Benjamin Constant são instituições relevantes para incluir na sociedade alunos com necessidades especiais. Elas não excluem estes alunos, pelo contrário, eles são preparados para interagir na sociedade através de práticas educativas condizentes com suas necessidades.
A inclusão existe, mas o sistema não está preparado para integrar os alunos com necessidades especiais nas salas de aulas convencionais. Os alunos formam um grupo separado, sendo apenas socializados e acabam não participando das aulas, são segregados.
O professor, no caso de aluno com deficiência auditiva severa, não consegue entender que o aparelho auditivo amplia o som, mas a dificuldade deste aluno na aquisição linguística é muito grande. A criança apresenta dificuldades em decodificar os sons das palavras e assimilar seus conceitos.
As escolas públicas e privadas têm que rever seus conceitos sobre a inclusão e pensar sobre a grande responsabilidade de oportunizar às crianças portadores de necessidades especiais um ensino de qualidade.
Agora, fechar o INES e o Instituto Benjamin Constant é algo absurdo e lastimável.