O Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) está próximo e, dessa maneira, os professores e demais profissionais que divulgam a Educação Ambiental, não podem deixar de tratar este tema com suas equipes de trabalho. Como já sabemos, o grande modificador do meio ambiente é o homem, através de ações individuais, tendo como objetivo a melhoria do seu bem estar, não pensando nas implicações para as futuras gerações. Na revista JB Ecológico de abril de 2008, foi publicada uma reportagem cujo tema é “Relembrar é viver”, que em um dos tópicos referencia o aquecimento global. É um pequeno trecho que pode ser utilizado, para trabalhar com as crianças e, a partir daí, estimular perguntas sobre os efeitos do aquecimento global no ambiente.
Texto da revista JB Ecológico, p.47.
“O quarto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), vinculado à ONU, apresentou uma avaliação sistemática da literatura científica sobre o tema desde 2001. A força simbólica do documento esteve no reconhecimento geral, pela comunidade científica, a respeito da efetividade do aquecimento global e da contribuição do homem para a intensificação do fenômeno.
A mobilização em torno do tema levou o governo brasileiro a divulgar, em 2005, pela primeira vez, um inventário com o perfil das emissões brasileiras. De acordo com os resultados, o país passou a ocupar o quarto lugar no ranking dos maiores emissores de CO2 do planeta. Diferentemente dos casos da China, da Índia e dos países desenvolvidos, a composição das emissões brasileiras é invertida em relação à composição das emissões globais. Destas, cerca de 80% decorrem da queima de combustíveis fósseis e outros 20% advém dos usos inadequados da terra, com destaque para o desmatamento e a queima de florestas tropicais. No Brasil, cerca de 70% das emissões decorrem de desmatamento.
No país, o furacão Catarina, o primeiro do gênero ocorrido no hemisfério sul, em 2004, e a forte seca que afetou o sul da Amazônia, em 2005, são indicações recentes de prováveis conseqüências do aquecimento global. Mais do que isso, nestes últimos seis anos cientistas previram ameaças de desertificação no semi-árido nordestino, savanização na Amazônia Oriental, alterações nos ciclos de chuva na Amazônia, com fortes impactos sobre o sul e sudeste, e também sobre toda a costa atlântica diante do aumento do nível do mar.
Se as estimativas do IPCC estiverem certas, a temperatura média no Brasil deve aumentar em cerca de três graus centígrados ao longo deste século, mas em algumas regiões do Nordeste e da Amazônia este aumento pode chegar a cinco graus.”